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Vereda 1: Riscos e vulnerabilidade, contaminação e desastres

Tragédias ligadas a desastres ambientais (deslizamentos, inundações e outros) e contaminação/poluição do ar, da água e dos solos têm se tornado mais frequentes e, também, adquirido maior visibilidade pública. Raramente, contudo, os problemas têm sido analisados de maneira consistentemente integrada, articulando seus fatores e elementos naturais e sociais. Como a Geografia Ambiental – que tem nessa integração a sua razão de ser – pode contribuir para entender melhor os problemas e enfrentá-los?


Vereda 2: Críticas ao neoextrativismo: dimensões geobiofísica e sócio-espacial

Agronegócio e mineração têm sido elevados, por agentes econômicos, políticos profissionais e a mídia corporativa, à condição de “soluções”, por sua capacidade de gerar divisas para o país. Por outro lado, o Cerrado e o Pantanal demonstram o quanto os impactos negativos do neoextrativismo comprometem, em todas as escalas, ecossistemas (e, no longo prazo, biomas inteiros) e o bem-estar social (saúde, modos de vida tradicionais etc.). É preciso fazer face a esses desafios científica e politicamente, integrando suas dimensões geobiofísica e sócio-espacial.


Vereda 3: Da “devolutiva” à cooperação: divulgação de resultados e colaboração com atores sociais

Em meio às críticas ao neoextrativismo, um determinado tipo de “extrativismo” tem sido pouco examinado e criticado: a obtenção de dados e informações por pesquisadores junto a populações e grupos locais sem maiores preocupações com os aspectos ético-políticos do trabalho científico. Como fazer para obter dados e informações de forma ética? Que tipo de colaboração existe ou deveria existir entre pesquisadores e pesquisados, e que condições tornariam isso possível? Como se pretende que os resultados da pesquisa “retornem” e beneficiem aqueles que forneceram material para a realização do estudo? Eis algumas das questões que precisam ser enfrentadas.


Vereda 4: Temas emergentes em Geografia Ambiental e Ecologia Política

Vários temas e problemas têm sido objeto de reflexão e pesquisa no âmbito da Geografia Ambiental, mas ainda não se acham consolidados no mundo acadêmico; um exemplo é a questão indígena, tradicionalmente relegada à Antropologia. Diversos outros assuntos e desafios constituem fronteiras a serem exploradas e caminhos a serem trilhados pelos pesquisadores dedicados à Geografia Ambiental, muitas vezes em cooperação com ativistas e outros atores sociais: direitos dos animais e da natureza; dinâmica e multiescalaridade das “zonas de sacrifício”; implicações da criação de áreas ambientalmente protegidas; e assim sucessivamente.

 
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